Hoje em dia estamos carecas de saber que vivemos em um mundo globalizado e convivemos com uma grande heterogeneidade de pessoas. O que isso significa? Que o “Viva a diferença” colocou uma interrogação - ou muitas??????? - na cabeça de cada um de nós, a começar pelo que deve ser dito no momento em que duas pessoas são apresentadas, trocam telefones (hoje em dia considerado o grupo dos mais caretas!), se olham no facebook, adicionam no bbm, se perguntam e se respondem anonimamente no formspring ou se seguem no twitter, dentre outras várias formas que existem de se conhecer alguém, afinal de contas, pra que MSN se existe o Chat do Facebook?!
Lidar com a diferença ou ser o patinho feio em determinado grupo é muito difícil quando o valor da rejeição é superdimensionado. Em meio a tantas regras sociais a aproximação e distanciamento de pessoas acontecem em um piscar de olhos, e pequenos gestos mal interpretados causam o fim de uma relação em potencial. Aonde isso vai nos levar? Até quando seremos repelentes de nós mesmos?! O Brasil mostra-se campeão no uso de sites de relacionamento, e nós, universitários e recém formados, somos verdadeiros protagonistas da dinâmica moderna do relacionamento interpessoal, o famoso “estica e puxa”, “bate e afaga”, dentre outros mais apelidos carinhosos!
Em pleno século vinte e um as pessoas recorrem a artifícios virtuais depositando neles esperança de encontrar um grande amor, e viverem exatamente a idéia de príncipe encantado e princesa que em nossa infância tanto foi martelada pelos VHS da Disney– sim, nós rebobinávamos fitas! A lém disso, vai dizer que a existência de um mundo globalizado unida ao fato de terem nascido pessoas como o David Beckham (Graças a Deus!) ou como a Megan Fox não nos levam a refletir?!
As pessoas vem com prazo de validade, e nós estamos deixando isso acontecer. Ser moderno ultimamente significa ter uma relação amorosa moderna, aliás, até o Facebook reconhece “Relacionamento Aberto” ou “Relacionamento Complicado” no status! Estamos vivendo em uma bagunça amorosa, e quando não estamos ocupados demais fazendo massagem no ego pela internet ou entretidos demais em nossos pensamentos – muitas vezes conflituosos, do tipo “Ligo ou não ligo?” -,chutamos o balde e aí é o Céu na terra! Lembrando que ficar foi o termo que inventamos muito malandramente para justificar as relações amorosas superficiais que criamos, para suprir nossas carências momentâneas, e mais, sair um pouco da rotina colocando em prática o “approach” virtual feito anteriormente!
E nesse momento a pergunta que eu quero fazer é: E você? A Internet também é a sua Fada Madrinha? A responsabilidade pela vida que temos é nossa, e por que não deixá-la mais simples?! Quanto mais coerentes formos conosco, menos incertezas irão aparecer, pois não há mistério em fazer o que se tem vontade. Estando bem consigo as pessoas invariavelmente irão se aproximar. Quem é feliz atrai felicidade, chama atenção, como se estivesse, por exemplo, andando constantemente numa carruagem feita a partir de abóboras.